terça-feira, julho 02, 2013

AF Lisboa ameaça voltar a parar competições amadoras

A Associação de Futebol de Lisboa (AF Lisboa) voltou, esta segunda-feira, a manifestar o seu desacordo em relação ao decreto-lei sobre o policiamento em espetáculos desportivos, ameaçando voltar a parar todas as competições caso o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, não volte atrás até ao final do mês de agosto.

«Os clubes decidiram manter a decisão inicial de não concordar com o decreto-lei e decidiram dar dois meses ao senhor ministro da Administração Interna para recuar na aplicação desse decreto-lei, ou seja os clubes querem ter policiamento mas não têm dinheiro para paga-lo», disse o presidente da AF Lisboa, Nuno Lobo, após uma reunião na qual marcaram presença 100 clubes da capital que decidiram parar novamente todas os campeonatos de futebol e futsal, caso tal não se verifique:

- Vamos parar novamente todas as competições na próxima época desportiva se o senhor ministro, até ao fim do mês de agosto, não voltar atrás, uma vez que já voltou atrás na aplicação desta lei no futebol profissional.

O presidente da AF Lisboa deixou anda um convite a Miguel Macedo. «Decidimos convidar o senhor ministro a passar um dia em Lisboa sem seguranças, sem membros do gabinete e sem condutores, vir connosco conhecer as instalações do futebol amador, convidamo-lo a sair dos camarotes presidenciais dos estádios da Liga e competições europeias e vir conhecer as pessoas que todos os dias, voluntariamente, dão o seu trabalho e amor ao futebol amador», disse Nuno Lobo.

Enquanto aguarda pela resposta do ministro da Administração Interna, a AF Lisboa vai reunir-se com as restantes associações de futebol, sindicato dos jogadores, associação de treinadores, com os árbitros e também com os sindicatos e associações que representam as forças de segurança. «Achamos que a questão da segurança é uma questão que envolve todos e o que está em causa, no nosso entender é, que o senhor ministro quer privatizar a segurança em Portugal e nós não vamos permitir isso», rematou Nuno Lobo.

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