segunda-feira, fevereiro 08, 2010
7 MINUTOS DE DESNORTE BASTOU PARA PERDEMOS OS TRÊS PONTOS EM DISPUTA
Uma primeira parte onde procurámos logo obter um resultado que nos permitisse encarar o jogo de forma diferente, mas isso não aconteceu.
Entrámos de forma lenta no jogo, com transições ainda mais lentas o que nunca nos permitiu criar perigo para as redes adversárias.
Aos 7m, a equipa da casa fazia o primeiro golo do jogo, bola metida na ala, não acompanhamos o adversário e este com um remate bem colocado fazia o 1 a 0.
Aos 10m, num canto estudado, JOÃO finaliza á boca da baliza, e fazia o empate.
Aos 14m numa jogada bem executada desde a nossa área, PÁSSARO isolou-se depois de um excelente passe de JUBA, e fazia o 2 a 1 para a nossa equipa.
Aos 17m, e na sequência de uma boa iniciativa individual JUBA, isolado perante o GR, falhou o golo, e na sequência desta jogada, e perto da nossa área, um jogador do Feijó e com dois jogadores á sua ilharga, rematou e estava feito o empate.
Uma segunda parte, em que o desnorte se apoderou da nossa equipa, sem razão aparente.
Aos 4m, numa jogada muito bonita, JUBA tabela com PÁSSARO, e com a bola ainda no ar JUBA com um remate colocadíssimo fazia o 3 a 2 para a nossa equipa.
A partir daqui, a equipa acabou em tudo...
em concentração, em discernimento, em capacidade de sair a jogar, e até ao fim só deu Feijó, que em 7m resolveu o jogo a seu favor, em virtude de falhas, de erros defensivos, que mais uma vez nos penalizou.
Em resumo, vitória justa do Feijó, que aproveitou o nosso desnorte.
A arbitragem, tirando um lance, em que um jogador nosso já ia isolado, e não sei o porquê, lembrou-se de apitar falta, que não houve!!! Do resto nada a apontar.
MVP: BRUNO
sexta-feira, fevereiro 05, 2010
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
segunda-feira, fevereiro 01, 2010
EXIBIÇÃO MENOS CONSEGUIDA DITOU A DERROTA JUSTA
Entrámos bem no jogo, com boa circulação de bola, com boas transições, aos 7m podíamos estar a ganhar por 2 a 0, a primeira perdida, numa boa jogada colectiva, o nosso jogador chega um bocadinho atrasado ao passe do colega ao 2º poste, e a segunda perdida, numa jogada de 2x1, o nosso jogador quer ir sozinho para a baliza, quer ser ele a querer marcar o golo e isso custou-nos caro, já que do outro lado estava um seu colega completamente sozinho
A partir daqui, nunca mais criámos perigo para a baliza adversária, aos 10m, o 1 a 0 para a equipa adversária junto à linha lateral o jogador forasteiro recebe a bola, o nosso defesa vai à queima e foi só perguntar ao nosso GR para que lado queria a bola.
Aos 16m, numa confusão dentro da área ninguém aliviou a bola que estava ali à nossa mercê apareceu um pé de um jogador do Miratejo a finalizar.
Uma segunda parte do mesmo, após a expulsão de um jogador nosso justa, o Miratejo faz o 3 a 0 em superioridade númerica e quando ainda faltavam 10m para o fim do encontro arriscámos tudo no 5x4, mas não conseguimos contrariar a boa organização defensiva do Miratejo, e em três erros defensivos sofremos mais 3 golos.
Em resumo, boa vitória da organização defensiva, e o de ter aproveitado os erros alheios.
Quanto à nossa equipa, bem se esforçou, mas não conseguimos trazer os 3 pontos e aliar a isso a uma boa exibição como fizemos na semana passada.
A arbitragem esteve bem.
MVP: MACEDO
sexta-feira, janeiro 29, 2010
quinta-feira, janeiro 28, 2010
quarta-feira, janeiro 27, 2010
segunda-feira, janeiro 25, 2010
REALIDADE DO FUTSAL PORTUGUÊS
O FutsalPortugal publicou um artigo de opinião do seu responsável Pedro Santos, por volta das 4 da manhã. Dez horas depois são já às dezenas as respostas.
Aqui fica a de Francisco Fradilha (sem desprimor pela outras)
"O espelho"
Li, com atenção, o texto que o Pedro assinou neste sítio, com críticas acesas ao comentador da Eurosport2. Tal como li o post “Falta de Azar” que o ex-dirigente da Federação Portuguesa de Futebol, António Boronha, escreveu no seu blogue sobre a passagem da Selecção aos quartos-de-final do Mundial. Na minha opinião, falar de Orlando Duarte é, mais uma vez, fugir dos verdadeiros problemas.
Creio que a prestação da equipa das “quinas” neste Europeu está a ser o espelho do que tem sido o nosso futsal nos últimos anos. O único erro – se é que lhe posso chamar erro – que posso apontar ao treinador da selecção é talvez ter criado junto dos portugueses e da sua própria comitiva a ideia de uma candidatura ao título. Percebo que o faça, apelando ao espírito de transcendência dos seus atletas. Todavia, conhecendo-o e sabendo-o um ser de grande inteligência, tenho consciência que conhece como ninguém as limitações de que dispõe e que só um ou vários rasgos de genialidade momentânea dos atletas poderão dar cumprimento a uma ilusão que muitos querem revestir de possibilidade.
Ilusão porque não podemos à partida achar que a ideia de competir de igual para igual com selecções como a espanhola, russa ou italiana é justa. Nestes três países, as três primeiras divisões são profissionais. Já no nosso país, contam-se pelos dedos de uma mão – tenho dúvidas que os use todos – as equipas verdadeiramente profissionais. Logo aí, a base de recrutamento de atletas capazes de corresponder às exigências duma competição de elite faz com que o sonho se torne ilusão e que muito provavelmente não passe disso mesmo. Com honestidade, quer para mim quer para ele, dizer que o seleccionador tem um trabalho facilitado na escolha dos atletas é assumir uma verdade incontornável e infeliz. A nossa cultura desportiva está a anos-luz dos demais “candidatos”, cujas camadas jovens têm aulas pela manhã e à tarde treinam. No mínimo três vezes por semana. Quem conhece a realidade portuguesa, sabe que três treinos por semana é algo que nem sequer dois terços das equipas de séniores têm, quanto mais crianças, que continuam a estar no fundo da pirâmide de interesses.
A tão apregoada crise veio apenas tornar indisfarçável a forma incompetente como o nosso futsal tem sido gerido. Cada vez mais incompetente, dado que agora, com deficiências estruturais assustadoramente visíveis, há muitos que em vez de (re)criarem projectos visivelmente acabados tentam ir tapando remendos e hipotecando cada vez mais as hipóteses de futuro.
Sem xenofobias nem racismos, parece que o recurso ao atleta brasileiro se está a tornar a poção mágica para todos os problemas. E se a falta de dinheiro já não permite trazer mais-valias, importa-se atletas de Vera Cruz porque “são mais baratos”. Como se em vez de seres humanos fossem mercadorias, que vêm e vão conforme os apetites dos nossos pseudo-dirigentes, que vão atirando areia muitas vezes para os seus próprios olhos. Agora, já não é só na I divisão que os estrangeiros vão sendo a forma fácil e rápida de atingir objectivos. Na II e III divisões, raras são as equipas que não têm pelo menos um e até nos distritais já se podem encontrá-los. Se há exemplos que não devíamos tirar do futebol, este é claramente um deles. O ganhar a todo o custo e deixar preocupações de gestão para outros que venham depois.
Encaremo-lo com honestidade, não tardaremos a ter os nossos Salgueiros e Campomaiorenses. A quem quer atirar as culpas desta campanha húngara ao seleccionador, digo com frontalidade: redireccionem as miras e atirem antes às dezenas de dirigentes bacocos que chamam “projectos desportivos” a tentativas de promoção pessoal e falta de visão estratégica.
Pedir competitividade a uma selecção nacional cujo país não valoriza os seus próprios atletas e não lhes dá condições de evolução sustentada é o mesmo que pedir a um burro que vença uma corrida de cavalos. Sem campeonatos nacionais jovens, sem selecções nacionais jovens, sem uma formação massificada para treinadores e dirigentes e, acima de tudo sem condições – nem vontade - para a implementação de uma verdadeira cultura desportiva, estruturada e capaz, não há Europeu ou Mundial que interessem. Quando não há quem verdadeiramente se interesse pelo futsal português. Entendendo-se por quem pessoas com poder para inverter o estado das coisas.
A quem quiser apelidar Orlando Duarte ou Jorge Braz de incompetentes deixo o desafio: dêem-lhes um centro nacional de treino, dêem-lhes mais estágios, dêem-lhes selecções jovens. Em suma, dêem-lhes a hipótese de definir um projecto de fundo para o futsal português. Dêem-lhes as condições e depois exijam-lhes resultados. Até lá, agradeçam-lhes. Porque têm sido brilhantes vendedores de ilusões. Fazendo omeletes com os ovos que lhes dão. E eles bem sabem o quanto dói que assim seja.
Francisco Fardilha
Treinador de Futsal