segunda-feira, julho 21, 2014

Falando de Futsal... ou de quem o impede de crescer

Artigo de Opinião de Manuel Pina Ferreira
A resposta, a uma questão que coloquei sobre a promoção (ou não) do futsal, pela parte da FPF… é negativa.
Seria muito fácil a FPF, dar mais liberdade à modalidade e deixa-la evoluir se a entregasse de corpo inteiro, a pessoas do futsal e interessadas em trabalhar, exclusivamente, para a modalidade, ao invés de a manter “amarrada” e sujeita às leis e regulamentos que foram idealizados e redigidos para gerir o futebol.
É a futebolização do futsal! Que todos debatem, criticam, mas que poucos assumem como algo a abater e excluir.
Tenho, vários exemplos, para justificar esta minha crítica e estou pronto a torná-los públicos se assim for necessário. Mas, como sempre, a Federação consegue – facilmente – tornear os problemas com os clubes, mesmo com os mais críticos. Basta realizar uma reunião para se falar de TV! Tudo o resto é esquecido (por uns tempos) mas nada se resolve definitivamente.

Poderei falar de arbitragem – que muito evoluiu, é verdade – mas continua com pequeníssimos pormenores, que originam injustiças. Sobre este aspeto pergunto.
Para a modalidade (logo para os praticantes) o mais importante é um árbitro saber falar fluentemente o Inglês ou ser muito bom a dirigir um jogo, dominando todos os pormenores da leis e suas aplicações do jogo?
E (já agora) porquê inglês? Haverá alguma “potencia” (clube ou país) Internacional de futsal que fale (de origem) esta língua? Porque não Espanhol/Português/Italiano/ Russo etc…? porque se aplicou as leis do futebol (uma vez mais) ao futsal… respondo eu!
Mas, esta não foi a razão que me trouxe, de novo, a debruçar-me sobre esta questão do apoio ou não apoio da FPF. A razão, foi uma vez mais, a regulamentação sobre a realização de jogos com equipas estrangeiras…
Quem desejar realizar um jogo (mesmo treino) com uma equipa do exterior das nossas fronteiras, tem que sujeitar-se à regulamentação do Futebol.
Com a entrada do Doutor Pedro Dias, na estrutura da FPF, prometeu-se facilitar este assunto, mas a facilidade acabou em ser entregue ao poder decisório/absoluto das Associações.
Assim, temos vários tipos de decisão associativa
Algumas Associações, ultrapassam em minutos, este problema, dando todo o apoio aos clubes seus filiados e promovendo (mesmo que indirectamente) o futsal. Dou como exemplo a aplaudir a de Braga, Viana, Castelo Branco, Viseu e Guarda (peço desculpas, devem haver mais que sigam esta excelente filosofia, mas eu – para não errar – falo das com quem tive contactos).
Outras, há, que levantam tão enorme número de problemas que praticamente proíbem a realização legal de qualquer jogo. Pois exigem, para um jogo de futsal, tanto como para o próximo FC Porto – FC Barcelona a realizar no sábado… no Dragão e em Futebol! Este grupo é encabeçado pela AF Porto e agora seguida (pelos vistos) pela AF Aveiro (haverá mais?
Espero que os meus amigos leitores amantes da modalidade me informem). Cheguei a ser recebido na AF da minha cidade, com a seguinte afirmação “faça isso às escondidas! Não se meta nisto! Porque gasta um balúrdio e não sei se conseguirá!”
Fantástico!
Eis, um caso factual…
Estava programado um torneio para uma cidade que muito tem apoiado e apostado no futsal (deixo os nomes e pormenores para mais breve, se vir pessoas suficientemente interessadas neste assunto) mas a Associação distrital, qual ditador de outros tempos e sob a “protecção da FPF” determinou os seguintes pontos: o clube organizador teria que pagar 300 euros por “abrir” o processo (o livro dos processos, deve ser pesado…) e teria que pagar 550 euros pela realização de cada jogo! Total (para já) com a Associação, a nada fazer… 2500 euros!
Resultado, esse torneio foi anulado!
Isto, é que é colaborar com o seu filiado!
Isto, é que é apoiar e divulgar o futsal português!
É isto, que defendem e entendem os nossos dirigentes das Associações distritais… que foram eleitas pelo futebol… obviamente!
Porque será que a FPF deseja (e muito bem) dar contacto internacional às nossas selecções, com jogos mensalmente marcado no calendário oficial e o “nega” ou deixa negar, aos clubes?
Como ninguém vai responder a estas questões… eu posso continuar com outras.
Nota: não pertenço a nenhum clube, mas sou mais (e fiz mais) pelo futsal que muitos que estão nos quadros Federativos e (então aqui…) associativos!
Se desejarem opiniões e (algumas) soluções, estou ao vosso dispor e… não cobrarei nada! É que eu tenho uma grande vantagem...
Eu sou e gosto (muito) do futsal!

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