sexta-feira, julho 18, 2014

PROVAS NACIONAIS SUSPENSAS

A confusão continua instalada no futsal português. A pouco mais de um mês do arranque oficial da época de 2014/2015, ainda não são conhecidos os nomes de todas as equipas que vão figurar nas competições nacionais. Isto porque, um recurso interposto pela Associação dos Moradores da Portela e pelo Clube Recretivo Piedense no Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) no sentido de anular a decisão publicada no comunicado oficial n.º 7 da FPF, publicado no passado dia 1 de julho, determinou para já a suspensão do mesmo, o que implica uma possível alteração na grelha de clubes inscritos para a nova temporada.
Em causa está o incumprimentos de vários clubes em relação às leis dos campeonatos nacionais das 1.ª e 2.ª divisões nacionais de 2013/2014 no que toca ao número de escalões de formação obrigatórios.
A AM Portela, que está a ser representada pelo advogado Dias Ferreira, defende que Sp. Braga/AAUM e Rio Ave estão em incumprimento com a lei e devem descer de divisão. O clube lisboeta e o Gualtar seriam neste caso os beneficiados para uma eventual subida, ao figurarem no topo do ranking de melhores classificados do campeonato nacional da segunda divisão da época passada, logo atrás de Unidos Pinheirense e Burinhosa, as duas equipas que garantiram por direito próprio a promoção ao principal escalão nacional.
Mas, Rui Rego, dirigente da AM Portela garante que o clube lisboeta não interpôs o recurso "com a intenção deliberada de subir. Essa é uma consequência. A equipa está formada e preparada para competir na primeira ou na segunda divisão", garantiu ao Futsal Global. O que move os responsáveis da AM Portela a entrar com esta ação é "a defesa da legalidade, contra a prepotência e arrogância com que a FPF tratou este caso, nomeadamente na reunião que teve com os clubes em junho passado", sublinhou Rui Rego.
A FPF, o Sp. Braga/AAUM e o Rio Ave têm cinco dias para responder ao processo, sendo que o prazo termina esta sexta-feira. "Vamos até às últimas consequências, até tribunais administrativos se for necessário", assegurou o dirigente da AM Portela.
Também o Clube Recreativo Piedense fez entrar um recurso no Conselho de Justiça da FPF, visando vários clubes que não cumpriram as leis, inclusivamente os que se aprestam para competir no campeonato nacional da segunda divisão em 2014/2015.
Vila Verde, Académica, Sp. Braga/AAUM , Rio Ave, SC Cabeçudense, AJAB Tabuaço, CRECOR Cortegaça, Covão do Lobo, GS Loures, Fonsecas e Calçada, UPVN, Rabo de Peixe, Farense, Atlético CP, Ervededo, MTBA e Boa Esperança são os clubes visados no recurso.
O clube do distrito de Setúbal, representado pelo advogado João Abreu, pediu igualmente a nulidade do artigo n.º 7 da FPF, sendo também intransigente no que ao cumprimento das leis diz respeito. O Piedense questiona mesmo, se no caso das leis implícitas nos artigos 450.º e 452 da época passada não serem cumpridas, não será legítimo suspender a decisão de acabar com a terceira divisão já a partir da nova época.

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